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SEGUROS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O QUE ESPERAR DA COP30 E DO FUTURO DO SETOR

Com a COP30 marcada para novembro, em Belém, o mercado de seguros coloca as mudanças climáticas no centro das atenções. No 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), líderes e especialistas destacaram como os eventos extremos estão pressionando governos, empresas e o próprio setor segurador a se reinventar.


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Um alerta que vem de longe


Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, lembrou que o mercado de seguros percebeu os riscos climáticos ainda nos anos 1970. Hoje, os números falam por si: só em 2024, as perdas seguradas globais somaram US$ 145 bilhões, e no Brasil 1.690 eventos climáticos extremos geraram impacto econômico de R$ 368 bilhões – dos quais apenas R$ 6 bilhões foram absorvidos pelo seguro.


Modelar riscos nunca foi tão difícil


Com eventos cada vez mais intensos e imprevisíveis, calcular riscos se tornou um desafio. Dyogo defende ampliar a base segurada para melhorar a precificação e antecipa novidades na COP30, como seguros voltados para florestas e emissões de carbono. “Essas soluções têm impacto direto na vida das pessoas e precisam envolver o setor público, hoje ainda pouco protegido”, afirmou.


Ciência e tecnologia como aliadas


O especialista da USP Paulo Artaxo alertou que mais da metade dos riscos globais nos próximos dez anos estarão ligados ao clima, com reflexos diretos na economia e na saúde. Projetos como o hub de dados socioambientais e climáticos “Mapas das Cidades” prometem dar mais transparência e ajudar seguradoras na análise de riscos.

Maria Netto, do Instituto Clima e Sociedade, reforçou: investir em resiliência reduz drasticamente prejuízos econômicos. E a integração entre setor público e privado será essencial para proteger municípios mais vulneráveis.


Desafios regulatórios e novas soluções


Representantes do governo e do Congresso destacaram avanços como:


  • Seguro paramétrico, introduzido pela SUSEP em 2020;

  • Títulos de risco de seguros (ILS), alternativa ao resseguro tradicional;

  • Circular 666/2022, que integrou riscos climáticos ao marco regulatório do setor.


Também foi discutida a criação de um seguro catástrofe nacional para apoiar regiões afetadas por eventos extremos.


O Brasil chega à COP30 com propostas concretas


Segundo Aloisio Melo, Secretário Nacional de Mudança do Clima, a conferência será “um espaço de soluções, ação e implementação”, com foco em:


  • zerar o desmatamento até 2030,

  • triplicar fontes renováveis e eficiência energética,

  • reduzir dependência dos combustíveis fósseis.


Entre os destaques brasileiros está o mecanismo “Florestas Tropicais para Sempre”, que pretende remunerar diretamente agentes que preservam e recuperam florestas, transformando a conservação em ativo econômico.


Por que isso importa para o mercado de seguros?


  • A frequência e intensidade de eventos climáticos está mudando padrões de risco.

  • O seguro se torna peça-chave na proteção do patrimônio público e privado.

  • Reguladores e seguradoras precisam criar produtos inovadores para populações vulneráveis, empresas e governos.


A COP30 será uma oportunidade única para consolidar o papel do Brasil como líder em descarbonização, adaptação climática e inovação no setor segurador. O futuro do mercado passa por integração, tecnologia e visão de longo prazo.


 
 
 

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