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O Brasil precisa modernizar o seguro agrícola para garantir o futuro do campo

O agronegócio brasileiro é um dos pilares da economia nacional, responsável por uma parte significativa do PIB e das exportações do país. No entanto, a proteção dessa cadeia produtiva ainda está longe de atingir o nível de maturidade observado em outras potências agrícolas.


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Enquanto em países como os Estados Unidos e a China o seguro agrícola é tratado como ferramenta essencial de gestão de riscos e sustentabilidade produtiva, no Brasil ele ainda é visto, muitas vezes, como um custo opcional. Esse cenário precisa mudar — e com urgência.


Um mercado ainda limitado diante do potencial nacional


De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em 2023 o Brasil registrou apenas 6,26 milhões de hectares segurados, um número que representa menos de 3% da área agrícola total do país. Além disso, a redução no orçamento da subvenção federal ao prêmio do seguro rural impactou diretamente a adesão dos produtores.


Em contrapartida, os Estados Unidos, segundo o United States Department of Agriculture (USDA), alcançam cerca de 89% da área plantada coberta por seguros, mostrando que o produto é parte integrante da estratégia produtiva e financeira do agricultor.


Essa diferença evidencia a urgência em modernizar o seguro agrícola brasileiro, tornando-o mais acessível, eficiente e sustentável.


O papel da tecnologia e da inovação


A solução não está apenas em ampliar os subsídios, mas em reconstruir o modelo de seguro agrícola com base em tecnologia e dados.


Modelos indexados e paramétricos, o uso de imagens de satélite, telemetria e análises preditivas permitem mensurar riscos com maior precisão, reduzir custos e acelerar o pagamento de indenizações. Essa abordagem tecnológica já é realidade em países como Espanha e China, onde a combinação entre incentivos públicos e plataformas digitais ampliou a cobertura nacional e fortaleceu pequenos produtores.


A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que essas inovações aumentam a confiança no sistema e tornam o seguro rural uma verdadeira ferramenta de resiliência produtiva.


Políticas públicas estratégicas e sustentabilidade


Mais do que uma política de subvenção, o Brasil precisa de um plano nacional de gestão de riscos agrícolas, com metas claras de expansão, contrapartidas tecnológicas e transparência.


O Seguro Agrícola 5.0, conceito que vem ganhando força globalmente, propõe a integração entre seguradoras, resseguradoras, insurtechs e produtores rurais por meio do uso de dados e inteligência analítica. Esse modelo torna o seguro mais justo, ágil e adaptado às realidades locais, especialmente diante dos impactos das mudanças climáticas.


Com regulação moderna, incentivo à inovação e parcerias público-privadas, o seguro rural pode deixar de ser uma despesa e se tornar um investimento estratégico para o futuro do campo.


Garantir o amanhã começa hoje


O Brasil é responsável por cerca de 10% das exportações mundiais de alimentos, segundo a FAO, e tem todas as condições técnicas e de mercado para liderar uma transformação global no seguro agrícola.


Mas isso exige vontade política, digitalização e um novo olhar para o risco — não como contingência, e sim como parte fundamental da gestão.


Proteger a produção é proteger o país. Modernizar o seguro agrícola é garantir segurança alimentar, renda estável no campo e sustentabilidade econômica para as próximas gerações.

 
 
 

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