MERCADO DE SEGUROS DE PESSOAS REGISTRA ALTA EXPRESSIVA NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025
- sabrina0570
- 12 de set.
- 2 min de leitura
Com crescimento de 8,4%, setor mostra força e aguarda nova regulamentação para expandir cobertura no Brasil.

O mercado de seguros de pessoas vem apresentando resultados sólidos em 2025. Segundo relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), com base em dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), os prêmios arrecadados pelas seguradoras somaram R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre do ano, representando alta de 8,4% em relação ao mesmo período de 2024.
Esse desempenho reflete não apenas o aumento da procura por proteção financeira, mas também o amadurecimento do setor diante das mudanças sociais e econômicas do país.
Segmentos em destaque
A análise detalhada dos produtos mostra que:
48% do total arrecadado corresponde a seguros de vida (individual e coletivo);
28% ao seguro prestamista;
12% aos seguros de acidentes pessoais.
As modalidades que mais cresceram em comparação ao primeiro semestre de 2024 foram:
Doenças graves: +18,1%;
Vida individual: +13,2%;
Seguro viagem: +13,1%.
Seguro de vida individual: protagonista do semestre
Para Edson Franco, presidente da Fenaprevi, o grande destaque foi o desempenho do seguro de vida individual, que cresce a uma taxa média anual de 29% desde 2015.
Segundo o executivo, esse avanço é fruto de maior conscientização da população, ampliação do portfólio de produtos e estratégias comerciais mais assertivas. No entanto, ainda existe um grande espaço para expansão.
Atualmente, apenas 18% dos brasileiros possuem seguro de vida. Desse total, 48% são da classe A/B, 44% da classe C e apenas 8% da classe D.
“O desafio agora é levar proteção a todas as camadas sociais”, afirma Franco.
Expectativas com a regulamentação do Vida Universal
Outro ponto importante para o futuro do setor é a expectativa em torno da regulamentação do Seguro Universal Life (Vida Universal) no Brasil, já comercializado em outros países.
O produto, que deve ser regulamentado ainda em 2025, oferece flexibilidade e adaptação às diferentes fases da vida do cliente, podendo reduzir o chamado gap de proteção no país.
De acordo com Franco, a publicação da minuta de Resolução CNSP, colocada em consulta pública pela Susep, abre espaço para que o mercado brasileiro possa disponibilizar esse modelo inovador em breve.
Pagamento de benefícios em alta
O relatório da Fenaprevi também aponta que, nos primeiros meses de 2025, foram pagos R$ 8,3 bilhões em benefícios a segurados e suas famílias, um crescimento de 5,8% em relação ao ano anterior.
Desse montante:
52% foram indenizações de seguros de vida;
23% do prestamista;
11% de acidentes pessoais.
Em termos de variação, alguns produtos chamaram atenção:
Seguro educacional: +88,6%;
Seguro funeral: +27,4%.
Os números confirmam a relevância crescente do seguro de pessoas como instrumento de proteção financeira e social no Brasil. O crescimento robusto em 2025, aliado à expectativa de novos produtos como o Vida Universal, reforça que o setor tem potencial para alcançar milhões de brasileiros que ainda não possuem cobertura.
O desafio, agora, é ampliar o acesso e garantir que cada vez mais famílias possam contar com a segurança que apenas o seguro de vida e suas modalidades oferecem.







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